A apreciação dos vídeos vem reforçar a urgência de mudança na escola que temos. Não bastando mais trabalhar a informação de forma linear ou usar a tecnologia para este mesmo fim.
Será que as crianças já estão interagindo mais com a publicidade veiculada na televisão, do que em família, ou na escola?. Quem está ditando como alcançar o lugar na sociedade para as crianças? Família? Escola? a mídia?
Outra tecnologia que toma rumos preocupantes, pelos valores dados a ela, são os jogos e a internet. Tudo por que não há significado crítico dado a eles.
Sabemos que são inegáveis os benefícios que as inovações tecnológicas trouxeram a humanidade, mas também veio atrelado a estes, o aumento da miséria, a discriminação, um consumo desenfreado que vem sendo alimentado em nossas crianças e adolescentes que acreditam que o seu lugar a ser alcançado no mundo é através do ter e não do ser.
A infância é o momento de brincar, interagir, começar a humanização. Deixar que as crianças vivam essa etapa voltadas a programas de televisão, por mais interativos que sejam, ou a navegação na web sem critérios é desumano, e não é a realidade que queremos. Precisamos avançar em hábitos que reforcem a humanidade, a solidariedade, o cuidado com o outro e com o planeta.
A vivência prática da vida, não pode ser prejudicada pelos avanços tecnológicos. Quem decide se as técnicas terão ou não um propósito positivo é o homem, e não a máquina. Poder de decisão! É neste ponto que se inseri o novo cenário que deve ter a escola.
Com a velocidade com que há produção de conhecimento em todos os ramos de nossa existência, urge que a escola mude sua forma de tratar a informação, o conhecimento, deixando de simplesmente transmiti-lo, para criá-lo, recriá-lo.
A escola é uma entre outras fontes de informação disponível, e não mais a principal fonte como em tempos passados. Sendo assim, ela precisa mudar o tratamento dado a informação, e ensinar os estudantes, a saber, com autonomia, definir que trato cada tipo de informação precisa receber, e isso inclui o tratamento dado ao uso das TICs, bem como o direito de modificá-la, na escola, na vida, na sociedade.
Por fim, como nós professores somos parte desse reconstruir necessário a escola, também precisamos aprender a ensinar nesse novo cenário, e para os que tem medo do novo, deixo a fala do Professor Ladislau Dowbor quando ele diz que
“ Acabou o tempo em que se estudava, e trabalhava e depois se aposentava. Hoje há um processo de interação entre educação e vida profissional, que tem que se abrir para nossa vida inteira”
Oi Raquel, tudo bem? Parabéns pelo Blog!!!!! Abraços, Rangel.
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